Vídeo: Igreja nega espaço para velar jovem morto e corpo foi velado num bar no bairro
Após ter se envolvido em um acidente de moto um jovem em Santa Catarina não resistiu os ferimentos veio a falecer no último dia 25 de dezembro. De família bastante humilde sua mãe não tinha condições de velar o corpo do filho na sua casa e pediu para a Igreja da comunidade para ceder espaço e foi negado. -Confira e comente…
Um jovem de Palhoça, na Grande Florianópolis, foi velado em um bar da cidade. Segundo a família, eles não conseguiram autorizaçãopara velar o jovem na Igreja da região e, por ser dia 25 de dezembro, não conseguiram outro local. “Era o único lugar que eu tinha, ou era lá ou na rua. Na rua também não dava”, comentou.
Nivaldo Santos do Amaral, 22 anos, se envolveu em um acidente na região da Praia da Pinheira. O jovem ia para o trabalho de moto, quando bateu contra um cavalo que estava na estrada.
A mãe, Ana Terezinha do Amaral, vive em uma casa de madeira e não tinha condições de realizar o funeral. A primeira ideia foi procurar a igreja do bairro, a da ponta do papagaio, onde ele se crismou e fez primeira comunhão, mas o pedido foi negado. “Eles dizem que faz pouco tempo que a prefeitura proibiu. Eles alegam isso, mas na real, eles já velaram sim, já houve velório, mas eles dizem que naquele tempo podia, mas agora não pode mais”, comenta.
No bairro, a negativa da igreja gerou uma grande polêmica. “Pode até haver uma lei que proíba esse tipo de coisa de velar na igreja, mas como não existe uma capela mortuária aqui por perto, eu acho que poderia haver no mínimo uma exceção. Teve pessoas que vieram aqui pedir para velar na igreja, mas disseram que esta família não pagava o dízimo e não frequentava”, comenta Marta Maria Golfe, dona do bar onde o jovem foi velado.
O presidente da Associação dos Moradores critica a postura da igreja. Ele explica que a igreja do bairro vizinho autorizou fazer ovelório lá, mas a família não tinha condições de levar o corpo. “Eu acho um absurdo, porque ele é daqui. Fez crisma na igreja, fez catequese. Ele foi criado aqui na comunidade. Por que vamos fazer na comunidade do lado?”, comenta Eduardo Eloi, presidente da associação de moradores.
Por telefone, a assessoria de imprensa da Arquidiocese de Florianópolis disse que não realizar velórios dentro da igreja é uma determinação válida para o país inteiro. Por isso, as igrejas devem fazer velórios em outros ambientes, salões paroquiais, por exemplo. De acordo com o assessor, o padre da Igreja da Enseada do Brito disse que na comunidade não existe espaço, mas embaixo da casa paroquial há uma área aberta que, segundo os moradores, poderia ser feito o velório.
Assista vídeo matéria do fato acontecido em Palhoça na Grande Florianópolis e comente…
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