Por que os crentes não se posicionam socialmente?

Gritos de guerra e frases de camiseta vêm como modismo nas grandes igrejas, mas na hora de realmente fazer a diferença na nação e mostrar a verdadeira vontade de impactar uma geração, a comunidade evangélica não se pronuncia.

O Brasil inteiro está sendo tomado por uma profunda vontade de mudança e não temos uma gota de participação nisso. Alguns líderes evangélicos só aguçam a revolta contra o casamento homossexual e vão às ruas para protestar. Por que da mesma forma que fazem uma manifestação pacífica pra isso, também não fazem por outros motivos? Na minha cidade, por exemplo, pastores estão proibindo seus membros de se manifestarem nas ruas por uma melhoria no serviço público, o mundo se acabando e pouquíssimos cristãos tomam parte disso.

Por acaso os impostos do crente são maiores ou menores do que os de um espírita? O hospital público que atende o crente é o mesmo que atende o ateu e o umbandista, então, por que não nos manifestarmos juntos? Cidadania é pra quem paga imposto.

Prefiro nem comentar a estupidez, ignorância e conveniência de quem diz que deve só orar e não entrar em assuntos políticos. Se pra montar banda, grupo de dança, ministérios artísticos usam e gritam o nome de Deus, façam isso também nas ruas, em prol da sua comunidade, afinal o ide é pelo mundo e não pelas igrejas.

Quem não se mistura agora, não queira depois chamar o vizinho pra ir à sua igreja no domingo.

Fábio Mazza é músico, seminarista teológico e agora o mais novo colunista deste site, esse carioca de 29 anos promete causar turbulência com seus cometários nada convencionais sobre tudo o que rola de bom e ruim no mundo evangélico."

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